Um personagem bem popular aqui no Brasil costuma dizer “quem não tem dinheiro, conta história”. Mas na realidade dos negócios digitais é o contrário, “conte história e ganhe dinheiro”. Contar histórias é a forma mais antiga de comunicação. Quantas histórias você ouviu quando era criança e lembra até hoje? Na escola, quantos livros você levou pra casa pra ler? Estou certa que os preferidos eram os que contavam uma fábula, uma história. Quantos filmes ficaram gravados na tua mente e coração por terem histórias incríveis, que te tocaram? Aonde quer que vamos tem uma história por trás. Tá, mas esse artigo não era sobre agenda lotada? Exatamente. Você vai descobrir como se tornar uma boa contadora de histórias e ainda ganhar dinheiro com isso.

Histórias x agenda lotada

Foi descoberto que cada um de nós tem um desejo, e talvez até uma necessidade, de contar e ouvir histórias. Ao compartilhar histórias com outras pessoas e nos entregar a elas, aprendemos a compreender uns aos outros em um nível muito mais profundo. Criamos um nível de conexão, criamos uma comunidade de indivíduos com algo em comum – gostos, pensamentos e referências. Apreciamos as diferenças e semelhanças que compartilhamos. 

Ao contar histórias, você transmite os teus pensamentos, sentimentos e experiências. Expressa verbalmente as coisas que valoriza, os costumes dos quais participa e a sabedoria que adquiriu na vida.  “Mas eu não tenho nada de interessante para compartilhar?” Será mesmo? Vamos dar uma olhada mais a fundo. Você ficará surpresa em saber que há muitas histórias dentro de você, apenas esperando para serem contadas! Ao se tornar uma boa contadora de histórias, você verá o poder que  as palavras têm em superar os sentimentos de isolamento e desenvolver uma conexão mais forte com os outros.

Se você prestar atenção ao mercado atual, cada vez mais se usa a contação de história para vender. Seja uma ideia, um serviço ou um produto.  Vou usar um exemplo que você já deve ter visto na televisão. Instituições sem fins lucrativos usam muito a história para conquistar o coração de novos doadores. E funciona mesmo. Neste caso conseguimos enxergar uma situação real, mas muitas vezes distante de nós.Com a história, nos colocamos na situação nos compadecemos. É mais fácil agir, abrir o bolso depois disso.

E você e eu, somos aptas a contar histórias? A resposta é: com certeza. Mesmo que você nunca tenha contado uma história na vida, o que eu acho muito difícil, você pode se tornar uma especialista no assunto. Quando eu falo especialista, quero dizer que você vai ver histórias sendo contadas em todos os lugares e situações. É como quando se está grávida, só ver mulher grávida.

Esse artigo é para simplificar esse  assunto que recebe vários nomes por aí, storytelling, é um deles. Vai por mim, é muito mais fácil e prático do que parece.

Desnude-se

Pode ser desafiador contar história sobre si mesma. É o mesmo que ficar nua. E é isso mesmo. Se deixar conhecer pode amedrontar, tirar o sono. Mas depois de algumas vezes faz muito bem. Tanto pra quem escreve (ou conta) como pra quem lê (ou ouve). Nos identificamos com o imperfeito. Saber que alguém pensa e sente como nós é acolhedor. Não existem só vidas perfeitas e profissionais perfeitas nas redes sociais, afinal! Uma pessoa muito especial que conheci nessa jornada digital como empreendedora foi a Ana Holanda. Ela mudou minha vida profissional e me colocou em outra direção. Ela ensina a escrever com a alma. Você vai ganhar muito se conhecer o perfil dela no Instagram. É libertador escrever com nosso olhar de mundo.

Não se preocupe com quantidade

Ganhe a atenção do público, seja ele pequeno ou uma grande. As histórias servem para filtrar as pessoas que você precisa ter por perto. Aquelas que querem te ouvir. Que gostam da tua mensagem. Aquelas que se identificam contigo. Crie sua comunidade independente de tamanho. Ao conquistar a confiança delas, você estará no caminho certo! 

Vá aos poucos

De início é normal contar histórias superficiais. O medo faz isso. Permita-se sair dessa zona de conforto. Treine. Você é capaz de aprofundar suas histórias e conectar-se cada vez mais com as pessoas.

Crie pontes, não muros

Como ter a agenda lotada de clientes o mês inteiro

Quando eu era social media, fui responsável pela gestão de alguns perfis no Instagram na área da beleza. O desafio em comum, era convencer a profissional abrir mão da linguagem técnica na hora de falar de seus serviços. Estar do outro lado, como cliente e leiga no assunto, me mostrou que profissionalismo não é igual a “falar difícil”. A linguagem técnica cria muros. Deixa a comunicação fria e distante. Além, de muitas vezes parecer arrogante. Que tal experimentar a linguagem acessível? Se coloque no lugar de quem está ouvindo. Será que ela vai entender a informação, a mensagem? Isso se aplica na hora de contar uma história, ensinar algo ou fazer uma oferta. Só compramos o que entendemos e o que nos toca. Seja uma ideia, um serviço ou um produto. Mas fique tranquila, essa habilidade virá com a prática.

Escolha o tom da conversa

Muitos especialistas em marketing digital ensinam que contar histórias é vender sem vender. Eu prefiro falar de outra forma: conectar-se com pessoas em um nível emocional é um caminho sem volta. Para os negócios e para a vida. Gostamos de ser vistas e entendidas. Quando você, profissional da beleza, consegue fazer isso através do teu conteúdo digital, com certeza conquistará clientes fiéis. Ela tornará a tua marca conhecida através de indicação, sem mesmo ter pedido por isso. 

Pra atingir esse tipo de comunicação, você precisa entender quem são as pessoas ao teu redor, o que desejam, o que esperam do teu serviço e porque estão ali. Do que elas gostam? Quais são seus desafios, seus medos? Como elas passam o tempo livre? Com que elas trabalham? São esposas, mães? A sua conversa precisa se adequar para um grupo específico de mulheres. Para saber tudo isso, interaja com elas. Faça perguntas. Te mostro como fazer isso no artigo MAIS DE 80 IDEIAS DE INTERAÇÃO NOS STORIES.

3 Formas de contar histórias

Use a emoção. Histórias assim são, na minha opinião, as mais fortes. Você pode fazer isso de dois modos:

  • Fale de você. Conte algo que te deixou vulnerável, que faria diferente se tivesse oportunidade, que te ensinou algo ou que te decepcionou. Depois peça a opinião, o que teriam feito no teu lugar ou permita que compartilhem suas experiências. Isso as mantém conectadas com as histórias.
  • Conte história de outras pessoas. A transformação que tiveram em suas vidas através dos teus serviços. Exemplos de profissionais que usam a emoção em seus conteúdos:
  • Gue Oliveira
  • Francisco Oliveira

Use humor. Essa é uma boa maneira de envolver e interagir. Mas decida fazer isso se você for engraçada e espontânea. Não force. Forçar o humor onde não cabe, deixará tudo estranho, tanto pra você quanto para o público.

Ensine. É sempre bom aprender algo. As pessoas não querem simplesmente aprender sobre você, elas querem aprender algo que possam aplicar em suas próprias vidas. Se for escrita, estruture sua história com uma solução ou moral no final dela. Se for contada pense em um modo de dizer o que aprendeu com a situação e porque a contou. As pessoas que se identificarem com o significado por trás da história, terão seus corações tocados. Você terá conquistado a atenção delas. Com certeza, estarão à espera da próxima história. E claro, estarão ansiosas para agendar um horário.

Conclusão

Espero ter te convencido da ligação entre contar histórias e agenda lotada. Lembre-se, que não é preciso ser uma escritora profissional para contar boas histórias. Afinal, não é só a escrita que conta história. Uma imagem, uma conversa, um vídeo faz muito bem esse papel, também. O segredo é ser natural e verdadeira. Conhecer quem está te escutando e falar da forma que toque as pessoas. O público certo vai se identificar e vai se conectar contigo. Só é preciso prática!

Abraço e até a próxima